Nesta terceira edição da nossa seção de entrevista, Viajando com quem Viaja, entrevistamos a querida Lucilla Fialla Weber, do Blog The Hotel Wife. Para quem ainda não conhece a Lucila, ela e seu marido são dois expatriados itinerantes que estão literalmente rodando o mundo desde 2011, quando o Will (marido da Lucila) recebeu uma proposta da empresa que trabalhava para participar de uma série de projetos de curta duração em diferentes partes do globo.
Desde então o casal já passou por diversos países e para contar suas aventuras, surgiu a ideia de compartilhar as experiências já vividas. Vamos conhecer um pouco destas histórias?
The Hotel Wife
Nós últimos 2 anos e 7 meses , eles já tiveram a oportunidade de viver em nada mais, nada menos de que 15 países diferentes. Por serem originalmente de Curitiba e terem um estilo de vida parecido com o meu, já fazia algum tempo que seguia as aventuras da Lucila e do Will pelo mundo através do blog The Hotel Wife e do Instagram deles.
Agora que eles estão temporariamente residindo em Sydney na Austrália, eles resolveram dar um pulinho aqui em Auckland na Nova Zelândia num dos finais de semana deles e assim tivemos a oportunidade de finalmente nos conhecermos pessoalmente. O encontro foi super legal, apesar de ter sido literalmente uma visita de médico, descobrimos que além de um estilo de vida muito parecido.
Enfim, de janeiro de 2012 até julho de 2014 a Lucila e o Will não tiveram uma casa propriamente dita, mas já se hospedaram em 139 hotéis, pegaram 258 voos, e tiraram cerca de 65 mil fotos. Além disso, aprenderam a dizer “obrigado/obrigada” em pelo menos 19 idiomas e tem uma bagagem cultural invejável. Isso sem falar nas inúmeras histórias das andanças deles pelo mundo.
Enfim, com vocês Lucila e Will…
Entrevista com a Lucila e Will, do Blog The Hotel Wife
1)
Como e quando surgiu a ideia de deixar a família e a casa de vocês em Curitiba para desbravar o mundo? Qual foi a reação da maioria das pessoas quando vocês anunciaram que vocês se tornariam expatriados itinerantes pelos próximos 3 anos?
O Will morava na Holanda quando recebeu a proposta, em 2011. Eu ainda estava em Curitiba. Por causa do namoro a distância, as famílias e amigos sabiam que era só uma questão de tempo para eu ir também ou o Will voltar ao Brasil. Mas ninguém esperava que nos tornaríamos nômades. Todos ficaram surpresos, fizeram muitas perguntas. E até hoje – quase 3 anos depois – nosso estilo de vida sem rotina, pulando de país em país, desperta muita curiosidade.
2)
Que viajar o mundo é legal, todo mundo sabe, mas como vocês lidam com a questão de ficar mudando de “casa” a cada 2 meses, qual o lado bom e ruim dessa aventura?
Às vezes sentimos falta do “cheiro de casa”, de cozinhar, de ver um filme esparramados no sofá. Chá de aeroporto cansa, fazer e desfazer as malas todo fim de semana também cansa. Mas gostamos muito de viajar, temos a oportunidade de morar em lugares fantásticos, o café da manhã (de hotel) está sempre na mesa. Enxergamos apenas o lado bom. Sem falar que a aventura tem prazo de validade. Logo teremos uma vida “normal” novamente.
3)
Sabendo que a mala de vocês é super limitada, o que vocês carregam sempre e desde o início das viagens? E como vocês lidam com a vontade de comprar as coisas legais que encontram pelo mundo e que nem sempre podem por falta de espaço?
Seja inverno ou verão, seja jantar de negócios, safári ou trekking, estamos sempre preparados. Carregamos de tudo um pouco: tênis de corrida, máscara e snorkel para mergulhar, remédios, documentos. Até graxa de sapato e calças para esquiar! Mesmo assim, pagamos excesso de bagagem apenas uma vez.
Na verdade, nossas malas estão cada dia mais leves e compactas. A vida itinerante nos fez perceber que precisamos de pouquíssimas coisas para viver. Compramos apenas o necessário, para ter conforto, e artigos de decoração para nossa casa. É muito raro passarmos vontade.
4)
Se vocês tivessem hoje a possibilidade de abandonar essa vida itinerante para se fixar por uma temporada em um único país, que país seria esse? E o que neste país vocês mais admiram?
Seria o Japão. Moramos em Tokyo entre outubro e dezembro de 2012 e ficamos impressionados com a educação e o jeito simples de viver dos japoneses. Queremos ter filhos e seria muito bom se eles crescessem em contato com valores tão importantes dentro e fora de casa.
5)
Dos países/cidades que vocês já chamaram de casa, qual vocês não gostaram e se dependesse de vocês jamais voltariam?
Amadurecemos muito ao morar em países como Egito, Índia e Quênia. São lugares desafiadores, onde criamos uma “casca grossa” e, ao mesmo tempo, nos tornamos extremamente flexíveis e tolerantes. Foi uma grande lição! Hoje poucas situações nos assustam e, ao invés de criticar ou julgar, tentamos entender porque as coisas são como são. Então não descartamos nenhum país. Com uma boa estrutura, encaramos qualquer lugar. Levando as crianças e o cachorro.
6)
Dos mais de 70 países que vocês visitaram, qual mais deixou saudades, qual vocês gostariam de voltar amanhã e qual o povo mais receptivo?
Em vários lugares a saudade bate assim que o avião decola. É o caso de Santorini, de Istambul, das Maldivas. Gostaríamos de voltar amanhã se fosse possível!.
Tivemos o prazer de conhecer pessoas extremamente humildes e amáveis na Tailândia e, por isso, não conseguimos pensar num povo mais receptivo que o tailandês. Os filipinos também são muito acolhedores.
7)
Vocês pensam em voltar para o Brasil? Além da família e casa de vocês o que vocês mais sentem saudades?
O Brasil sempre será a nossa casa, mas gostamos do desafio de viver no exterior. Pretendemos voltar quando os filhos já estiverem crescidinhos (que nossas mães não leiam essa parte da entrevista!), para uma temporada de 2 ou 3 anos.
Sentimos falta de participar (fisicamente) de casamentos, nascimentos, aniversários. Momentos importantes que não voltam mais! Porém, difícil mesmo é saber que nossos pais sentem saudades e vão envelhecer um dia. Ainda bem que eles têm saúde e disposição de sobra e estamos juntos sempre que possível. O Skype também ajuda.
Pingue-pongue de Viagem
1 – Alguma viagem a vista? Qual seu próximo destino?
No próximo fim de semana visitaremos Ayers Rock, no centro da Austrália. Depois iremos a Fiji.
2 – Quantos países vocês já visitaram?
Eu visitei 66 países e o Will visitou 75.
3 – Vocês colecionam algo dos destinos que conhecem?
Costumamos comprar imãs de geladeira. Mas o que realmente importa são as memórias, as amizades e as fotos.
4 – O que motiva a escolha do destino de viagem?
No momento é a localização. Priorizamos destinos no país onde estamos morando ou nos países vizinhos.
5 – Tirando o país que vocês moram, qual dos países que vocês conheceram que vocês acreditam que se adaptariam para morar? Por que?
Nos adaptaríamos em todos os países em que moramos até agora, sem problemas.
6 – O que vocês viram de mais marcante na última viagem? Onde foi?
A Grande Barreira de Corais, em Cairns.
7 – O que não pode faltar na mala?
A câmera fotográfica, com certeza.
8 – O teletransporte é possível pra vocês neste exato minuto, e para somente um destino. Para onde vocês vão?
Para uma estação espacial. A vista lá de cima deve ser fenomenal.
Obrigado Lucila e Will por participar da nossa série de entrevistas. Não deixe de acompanhar as aventuras desse casal no blog deles!
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Respostas de 8
Parabéns Primos pela entrevista!
Tudo na vida tem seus lados prós e contras e valorizar o lado bom é muito importante para superar as dificuldades da vida!
Grande abraço de Cláudio Marcia Weber e Samuel Pedro!
Fiquem com Deus!
Muito show essa oportunidade de vcs!!!!
Aproveitem mesmo 😉
Adorei!!
Lindas fotos e deve ser uma delícia tomar café com vcs e saber do mundo. 🙂
Avisem se passarem por Frankfurt!
Um abraço!
Avisaremos sim, Carina!! Será um prazer!! 🙂
Sem dúvidas uma super experiência, mas acho ilusão ( ou talvez ingenuidade) alegar que se adaptaria a qualquer país levando em conta que passam pouco tempo em cada local e ainda mais morando em hotéis. Morar de verdade num país como Índia é uma realidade completamente diferente…falo por experiência própria
Oi Jo! Eu não acho ilusão, não. Um hotel, por melhor que seja, não blinda ou impede de enxergar a realidade local. Com certeza eu não enfrentei as mesmas dificuldades que você (nem tinha tal pretensão), mas eu sei que elas existem. E sei que morar “de verdade” na Índia não seria fácil, mas aprenderíamos a lidar com os problemas e limitações. Ou, ao menos, nos conformar. Esse é o meu conceito de adaptação 😉
Pessoal, muito obrigada pelo convite!!! Fiquei muito contente ao ver a entrevista publicada!!! Esperamos encontrá-los (ou reencontrá-los, no caso do Oscar e do Mau) em algum canto do mundo 🙂
Um abraço e muito sucesso!!!
Fantástico … que vida linda e que oportunidade incrível vocês estão tendo!
Parabens e continuem assim, aproveitando cada momento 🙂
Grande abraço