A Grand Place de Bruxelas daqueles lugares que você chega e não sabe nem para onde olhar primeiro, de tanta beleza reunida. Os olhos passeiam rápido de um lugar pro outro, o pescoço começa a doer de tanto olhar pra cima.
Uma das maiores atrações da cidade, se não a maior, esta praça atrai turistas de todos os cantos do mundo. Seus belos prédios enfeitam a cidade e transformam esta praça num lugar único. Inclusive, é aqui que acontece a cada dois anos o famoso Tapete de Flores de Bruxelas. Durante os dias de exposição, o tapete consegue o impossível: deixar a Grand-Place ainda mais bela!
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La Grand-Place – Grote Markt
Como na Bélgica se fala francês e holandês, a praça pode ser encontrada com 2 nomes diferentes. Na realidade, os dois nomes são um só, só que em línguas diferentes. Em francês ela se chama Grand-Place e em holandês Grote Markt. Entretanto, em ambas as línguas, significa Grande Praça.
Basicamente, a Grand-Place é uma praça enorme ladeada por prédios magníficos do início do século XVII. Ela é o coração e o orgulho da cidade, e se tornou o símbolo de Bruxelas. Isto tudo porque é considerada uma das praças mais lindas do mundo. Contudo, não é uma opinião alheia de qualquer turista ou morador. De fato, até mesmo Victor Hugo, o famoso escritor francês, a descreveu como o “lugar mais lindo do mundo”.
Uma visita à esta praça é sempre agradável. Mas ela fica especialmente linda e cheia no verão. As mesas dos restaurantes e cervejarias são postas na rua e a gente pode sentar por ali para apreciar o lugar e o movimento. Outro momento do dia que a praça se torna mágica é à noite, pois ela fica ainda mais fotogênica quando as fachadas dos magníficos edifícios são iluminadas. Realmente é de uma beleza ímpar!
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Patrimônio Mundial da Unesco
Toda a praça, incluindo os edifícios, integra a lista de Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1998. As principais atrações são a magnífica Prefeitura Gótica (Hôtel de Ville – Stadhuis) e a Casa Real (Maison du Roi – Broodhuis). Aliás, elas ficam exatamente uma em frente da outra.
A Grand Place é uma praça toda rodeada de prédios e ela conta com 110 metros de comprimento e quase 70 metros de largura. Ali não existem plantas, nem fontes. Entretanto, você vai encontrar inúmeras pequenas lojas e galerias, restaurantes, cafés e cervejarias. Ao redor dela partem sete ruas estreitas que existem desde a Idade Média e levam diferentes áreas da cidade antiga de Bruxelas.
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A História da Grand-Place de Bruxelas
Bruxelas nasceu próxima da região da Grand-Place, sendo assim, desde sempre a praça é o coração da cidade. A Grand-Place de Bruxelas foi construída em uma área do pântano drenado. por ali passava um importante eixo rodoviário entre Flandres e a Renânia. Além disso, naquela época, também ficava perto do rio Senne (em francês ou Zenne, em holandês). No século XI, este rio era navegável e ficava no centro da cidade.
Desde seus primórdios, ela era palco para reuniões e celebrações, mas também viu acontecerem execuções. A partir do século XIII, e dali em diante por vários séculos, aconteceram ali os mercados medievais. Então, ali eram vendidos carne, pão e diversos produtos das fazendas locais.
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No século XIV aconteceu a construção da prefeitura (Hôtel de Ville) com sua poderosa torre, a sede do poder municipal. Também surgiu a Broodhuis, que foi mais tarde chamada de Maison du Roi. Ela era a casa da corte ducal e do poder real. Naturalmente, a praça era lar de ricos comerciantes e, acima de tudo, das corporações mais importantes da cidade, as famosas Guildas.
Guildas
As guildas eram associações de grupos profissionais e desempenharam um papel importante na cidade. Deste modo, carpinteiros, pedreiros, cirurgiões e capitães, todos eram representados por uma guilda. A administração da guilda estava alojada em um Guildhall. Neste lugar os profissionais se encontravam regularmente e comiam juntos. Portanto, muitas das guildas na cidade tinham seus escritórios na Grand-Place.
Inicialmente, os prédios que ficavam aqui foram construídos em madeira. Entretanto, alguns desses prédios foram reconstruídas em pedra durante o século XVII. Assim, a praça era uma mistura de estilos, que ia do século XV ao século XVII.
Tragédia
Na guerra da França contra a Liga de Augsburg (os chamados “Guerra dos Nove Anos”), Luís XIV, o Rei Sol da França, queria expandir seu território e invadiu a Bélgica. Devido a isto, as tropas francesas invadiram a Bruxelas e infelizmente destruíram a Grand-Place em 13 e 14 de agosto de 1695.
A Prefeitura e a Maison du Roi foram os únicos edifícios que suportaram o ataque. Deste modo, todas as outras casas da Grand-Place foram reduzidas a escombros pelas tropas francesas. Entretanto, após sua destruição quase completa, a cidade se recuperou rapidamente, em parte graças às corporações (Guildas).
Reconstrução
A reconstrução do centro ocorreu rapidamente. Depois de um tempo relativamente curto, o Grand-Place voltou novamente ao seu antigo esplendor. Aliás, na reconstrução ela ganhou a fachada barroca uniforme, que se vê hoje em dia.
Além disso, os vereadores de Bruxelas elaboraram um plano e cada projeto de um novo prédio deveria ser aprovado pelo Conselho da Cidade de Bruxelas. Desta forma, se algum projeto se desviava demais do estilo desejado, ele não era aprovado. Então, é graças a um grupo de políticos que respeitam a lei que a Grand-Place de Bruxelas é tão única no mundo de hoje.
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O que ver na Grand-Place de Bruxelas
Inegavelmente, a beleza da Grand-Place está nas fachadas que a circunda. Os quase 40 prédios da praça e seus detalhes esculturais apresentam diferentes estilos arquitetônicos. Principalmente, a arquitetura passa pelo estilo gótico, barroco e renascentista. Apesar de eles não serem originais, devido ao ataque dos franceses em 1695, eles são harmoniosos uns com os outros. Como também promovem uma bela competição entre si, para ver qual o mais lindo e mais decorado.
Mas sem sombra de dúvida, nenhum edifício é páreo para a Prefeitura de Bruxelas, que domina a praça.
Hôtel de Ville (Prefeitura de Bruxelas)
Este é um dos mais belos edifícios cívicos da Bélgica! Não só por causa das numerosas esculturas e estátuas que adornam sua fachada, mas também por causa da beleza de sua torre.
A Prefeitura de Bruxelas é uma obra-prima da arquitetura gótica tardia. Ela foi construída na primeira metade do século XV em várias etapas (entre 1402 e 1455). Ela fica no lado sul da praça e é também o único edifício medieval da praça. Primordialmente, o prédio é considerado uma obra-prima da arquitetura gótica, mais particularmente do gótico brabantino.
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Torre
A bela torre gótica da prefeitura de Bruxelas se sobressai na praça. Inclusive, ela pode ser vista por grande parte da cidade, afinal ela tem 96 metros de altura. A torre é encimada por uma estátua de 3 metros de altura do Arcanjo Miguel. Ele é o padroeiro da cidade de Bruxelas, e na representação, ele luta com um dragão.
Interior
No interior, que foi todo reconstruído, há uma mistura de estilos. Entretanto, destacadamente o estilo clássico Luís XIV do início do século XVIII é o que prevalece.
Bem em frente, do outro lado da praça, está outro prédio imponente, a Maison du Roi.
Maison du Roi – Broodhuis (Casa do Rei – Casa de Pão)
Um dos edifícios mais ornamentados da Grand Place é o Broodhuis, que atualmente é chamada de Maison du Roi. Em holandês “Broodhuis” significa casa de pão. O prédio era assim chamado porque abrigava os padeiros no século XIII. Era ali que eles vendiam seus pães, num prédio que era originalmente de madeira.
No início do século XV o lugar foi ocupado pelo duque de Brabante. Na época, em 1405, o prédio que ainda era de madeira foi substituído por um prédio de pedra. Ele deixou o lugar mais elegante e renomeou o prédio para Casa do Duque. Então, quando este mesmo duque se tornou rei da Espanha, ela passou a se chamar “Maison du Roi“- Casa do Rei.
Somente sob o domínio dos Habsburgos que ele se tornou uma corte ducal, ou real. Sob a regência do Imperador Carlos V, o edifício foi completado por uma fachada gótica tardia com detalhes marcantes, em 1536. O prédio era muito semelhante ao que se pode ver hoje, embora sem torres ou galerias. Entretanto, ele sofreu nova reforma em 1873. Nesta reforma ele foi reconstruído estilo neogótico como uma cópia do original do século XVI. Sua fachada é adornada com diversas torres e esculturas detalhadas.
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Musée de la Ville de Bruxelles (Maison du Roi) – Museu da Cidade de Bruxelas
A Casa do Rei abriga desde 1887 o Museu da Cidade de Bruxelas. Este é um museu dedicado a todos os aspectos da história da cidade e conta com uma ampla coleção. O museu tem uma valiosa coleção de pinturas, esculturas, tapeçarias, prataria e até mesmo porcelana.
Além da coleção acima, o museu ainda apresenta as roupinhas usadas pelo famoso Manneken-Pis. Certamente, esta é uma das mais ricas coleções de trajes. Ela conta com cerca de 760 figurinos, com modelos feitos a partir do século XVIII até os dias atuais.
Outros Prédios da Grand-Place de Bruxelas
Além dos dois grandes prédios-estrelas, a Grand-Place conta com várias casas de guilda, além de algumas casas particulares. Como já dito, todos estes edifícios surgiram após o ataque francês de 1695. E claro, sob a criteriosa seleção de projetos arquitetônicos.
Então, são 39 construções, todas elas numeradas de 1 a 39 e, que além dos números contam também com nomes. Enquanto você anda pela praça e olha para o número dos prédios, vai ver ali nomes como “rosa”, “estrela”, “cisne”, “pombo”, “cornucópia”, “moinho de vento”, “mercador de ouro”, entre vários outros.
As fachadas são todas belas e ricamente decoradas. Cheias de detalhes e esculturas, muitas delas são baseadas no barroco italiano com algumas influências flamengas. Aliás, é muito bacana passar um tempo procurando os detalhes que cada um destes prédios apresenta.
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Interessante!
Na parede lateral do prédio Hubert de Ville, um dos prédios da Grand-Place que dá para a Rue Charles Buls, está a Gilded Plaque. Este é um monumento art-nouveau que está na parede do prédio, embaixo de uma marquise.
Esta enigmática escultura em bronze do herói Everard’t Serclaes retrata este patriota que liberou a cidade do Conde de Flandres no século XIV. Há várias lendas populares dizendo que quem passar a mão em algumas partes desta escultura (que parece um Jesus Cristo) poderá te sorte de alguma forma:
1) se você tocar o braço da estátua assegurará sua volta à Bruxelas;
2) se acariciar a cabeça do cachorro e a cara do anjo, você atrai dinheiro;
3) e por fim, se acariciar o herói da cabeça aos pés conseguirá casar.
Pelo sim, pelo não, encare a fila de pessoas para passar a mão no monumento e tente sua sorte também. 🙂
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Arredores da Grand-Place
A Grand-Place de Bruxelas é super central e dali dá para facilmente visitar muitas atrações à pé. Várias ruas levam daqui diretamente para outras partes da cidade antiga, com suas inúmeras pequenas lojas, cafés e restaurantes.
Daqui você chega rapidinho no Manneken Pis, o singular marco da cidade, assim como chega nas Galerias Reais (Galeries Royales Saint-Hubert) e em inúmeras outras atrações de Bruxelas.
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Eventos na praça
Ommegang
Todos os anos, a Grand-Place de Bruxelas hospeda o chamado Ommegang. Esta é uma procissão luxuosa que acontece em trajes históricos e revive a época do nascimento da Grand-Place. É uma homenagem criada em 1549, durante a vinda de Carlos V para Bruxelas, para apresentar seu filho, o futuro Philippe II.
Esta apresentação acontecia sempre um domingo antes do feriado de Pentecostes. Atualmente, ocorre duas vezes por ano, na virada de junho e em julho. Seu ponto de partida é o Sablon e termina com um grande espetáculo na Grand-Place de Bruxelas.
Tapete de Flores de Bruxelas
A cada dois anos, nos anos pares, a praça fica completamente florida. Surpreendentemente, um gigantesco tapete de flores toma conta da praça, a embelezando ainda mais. São quase um milhão de begônias belgas cobrindo quase 2.000 m² do chão. Elas formam os mais variados padrões e enfeites, num trabalho magnífico. Inclusive, as melhores vistas deste imenso tapete se tem do alto das sacadas do Hôtel de Ville. Para saber mais sobre o Tapete de Flores de Bruxelas, clique aqui.
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Outras festas
Anualmente, na praça acontece o Mercado de Natal de Bruxelas. Também é aqui que fica a linda árvore de Natal da cidade.
Além desta, a praça é palco de diversos eventos, comemorações e concertos durante todo o ano.
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A turminha do Ligado em Viagem também passou pela Grand Place e arredores, então veja o que eles acharam de lá.
Onde se hospedar nos arredores da Grand-Place
A Grand-Place de Bruxelas é o coração da cidade e dos seus arredores você pode caminhar e conhecer as atrações da cidade quase todas à pé. Desta forma, esta região é sem dúvida um dos melhores lugares para se hospedar no centro da cidade.
No quesito localização, poucos hotéis na cidade batem o Rocco Forte Hotel Amigo. Ele fica exatamente atrás do Hôtel de Ville, na rua que leva ao Manneken Pis. Um 5 estrelas muito bem avaliado e perfeito para quem gosta de ter o melhor de tudo numa viagem. Uma opção mais em conta, é o 3 estrelas Hotel Agora Brussels Grand Place. Muito perto da Grand-Place, ele tem quartos que oferecem vista para Grand-Place.
Se você quiser ficar em um hotel charmoso e central, eu indico o quatro estrelas Hotel Le Dixseptième, pois é uma excelente pedida. Muito aconchegante, ele fica bem próximo da estação central e perto das atrações da cidade. Para aqueles que gostam de hotel de rede, o Courtyard by Marriott Brussels EU seria uma boa indicação. Ele fica perto do Parc de Bruxelles e em pouco mais de 10 minutos de caminhada já se está na Grand Place.
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Sem dúvidas, uma viagem à Bruxelas não tem como não passar pela Grand Place, não é mesmo!? Então, conta pra gente se você já esteve lá e o que achou. Aliás, você tem alguma dica legal da região ou alguma dúvida? Talvez tua dica e tua dúvida pode ajudar outros leitores! Assim sendo, escreve pra gente ali os comentários! Certamente, ficaremos felizes em saber tua opinião.
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Respostas de 2
Adorei minha visita a Grand Place quando estive em Bruxelas. Realmente o pescoço chega a doer de tanto ficar olhando em volta. E tirar foto também é difícil, você não sabe qual prédio enquadrar, qual o melhor ângulo, pra garantir eu tirei um monte de fotos e quase todas ficaram ótimas. Pena que não consegui ver o tapete de flores, mas fica pra próxima.
Taí um grande motivo para voltar, Marcello! Realmente esta praça é linda demais. 🙂